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sexta-feira, 5 de março de 2010

Sobre uma assistência pública para pessoas autistas

Este blog pretende abrir um espaço para a voz de todos as pessoas autistas, asperger e seus familiares no sentido de buscar compreender suas queixas, seu modus vivendi, seu ethos, que muitas vezes difere do que é estabelecido pela ciência da psiquiatria.
A Síndrome do Autismo demanda um estudo conjugado por parte de profissionais de diferentes campos, não apenas pelo profundo desconhecimento em que se encontra, apesar de todas as investigações científicas, como também pelo fato de que a Síndrome do Autismo teve o seu primeiro diagnóstico pelos meados do século XX. Para a ciência como um todo, isto vem a ser considerado pouco tempo para determinar as causas precisas desse fenômeno. Atualmente, são ainda poucos e caros para a maioria das famílias, os locais onde acolhem o sujeito autista. Em muitos de nossos Estados brasileiros, não existe nenhuma assistência pública que objetive a socialização do autista com capacidade de linguagem e discurso auto-narrativo; não existe ainda nenhuma assistência pública especializada que possua uma organização pedagógica no sentido de reunir sujeitos autistas com capacidades cognitivas semelhantes para que a esses possam ser transmitidos e ensinados valores e normas sócio-culturais, educação especial.
Toda essa carência propicia uma desordem familiar crônica, no que diz respeito a família dos autistas, visto que muitas destas famílias arcam sozinhas com todo o tipo de dificuldades sociais, financeiras e emocionais. E visto que, o sujeito autista, já adulto, torna-se despossuído do seu direito de ser legitimado como pessoa, como cidadão, sendo indefinidamente considerado como “estranho”, “diferente”, “especial”. Muitos dos sujeitos autistas, por não serem diagnosticados como autistas quando crianças, são tidos como retardados e psicóticos e “esquecidos” em instituições para doentes mentais, desde jovens. De acordo com Oliver Sacks, neurologista, autor de “Um Antropólogo em Marte” (1995:260), “sem um ensino especial... estes jovens autistas, apesar de sua com freqüência boa inteligência e formação, poderiam ter permanecido profundamente isolados e incapazes”.

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